Arquitetura cênica, acústica, luminotecnia, cenotécnica, restauro.
Projeto executado para a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, em parceria com a Unimed BH.
Prêmio Asbea SP - Associação Brasileira de escritórios de Arquitetura - São Paulo - Menção Honrosa - Edifícios Institucionais - 2014
Prêmio IAB-MG : Instituto dos Arquitetos do Brasil - Minas Gerais - Gentileza Urbana - 2013
Empresa Contratada: Lazúli Arquitetura
Cliente: Unimed BH
Local: Parque Municipal Renê Gianetti - Belo Horizonte - MG
Data do inicio do projeto: março /2012 a dezembro/2013
Data da conclusão da obra: maio/2014
Área construída: 1.625m²
Arquitetos responsáveis Técnicos: Mariluce Duque, Raul Belém Machado
Colaboradores: Alessandra Madureira, Thabita Lança, Wendel Alan, Paola Duarte
Consultoria Acústica: Marco Antônio Vecci
Restauração dos painéis em mosaico: Sandra Fontana Plazas - Espaço Tempo
Fotos: Ludmila Loureiro
Fornecedores:
Mobiliário: Giroflex
Equipamentos Iluminação: Templuz
Revestimento acústico madeirado do foyer, forro metálico perfurado, revestimento fachada fundos do teatro: Hunter Douglas
Áudio e Vídeo: RSS Indústria, Comércio e Serviços Ltda
Um Pouco de História
Em 1941 o prefeito Juscelino Kubitscheck leiloa o Teatro Municipal, para construir o projeto mais moderno e arrojado de Oscar Niemeyer, que seria o Palácio das Artes.
Em 1941 iniciam-se as obras do novo teatro, que são paralisadas em 1945 por falta de recursos.
O então Teatro Municipal é reformado e em 1942 se torna cinema, o Cine Teatro Metrópole.
Belo Horizonte fica então, sem uma casa de espetáculos.
Sob a pressão da sociedade e artistas, em 1947 o então prefeito Otacílio Negrão de Lima manda erguer, em caráter provisório, o Teatro de Emergência, com projeto do arquiteto Luiz Signorelli.
O Partido Arquitetônico inspirado no modernismo causa estranheza aos observadores acostumados ao traço eclético do arquiteto.
Em 30 de setembro de 1950 o Teatro de Emergência foi inaugurado.
O Teatro recebeu o nome em homenagem ao Maestro, Compositor, Clarinetista e Professor Francisco Nunes Júnior (1875-1934 Diamantina – MG).
Com a inauguração do Palácio das Artes, em 1971, o teatro Francisco Nunes entra em decadência. É tentada uma reforma em 1974, que não é realizada devido aos custos. Posteriormente, graças ao protesto da classe artística, o teatro não é demolido e é reformado em 1982.
Em março de 2009 o Teatro Francisco Nunes é interditado devido a questões estruturais relativas a estrutura de madeira da cobertura.
Em 2012, através de iniciativa da Unimed-BH, é proposta à Prefeitura de Belo Horizonte a reforma e restauração do teatro com previsão de entrega à população em 2014. Foram investidos treze milhões na reforma do teatro que foi totalmente reestruturado, do sistema hidrossanitário, passando pelo sistema elétrico, ar condicionado, acústica e cenotecnia ao restauro dos mosaicos da fachada.
O foyer ganhou nova cubagem com a demolição da laje do mezanino, o fechamento das portas laterais e a abertura do acesso à plateia pelo eixo central, como originalmente proposto por Luiz Signorelli. Painéis acústicos madeirados perfurado ignífugos - não propagam chamas, foram instalados na alvenaria para dar um maior conforto acústico ao ambiente. As instalações sanitárias foram totalmente reestruturadas e refeitas, ambas com cabine acessível.
A plateia tem nova inclinação, definida pelo patamar central que distribui os espectadores e também possibilita o acesso aos portadores de necessidades especiais. A remoção do forro de gesso instalado trouxe a tona as tesouras em madeiras originais do teatro que por sua beleza ficaram expostas e ganharam destaque com a iluminação proposta. Painéis difusores em placas cimentícias foram instalados nas laterais do teatro, assim como painéis absorvedores foram instalados no fundo do teatro, o forro é em lã de vidro sobre placa metálica perfurada, promovendo o isolamento e condicionamento acústico adequado.
A estrutura cenotécnica foi totalmente refeita, varas manuais foram substituídas por varas contrapesadas e motorizadas. Varandas suspensas foram instaladas para possibilitar a manobra dos contrapesos, assim com uma grelha metálica substituiu a grelha em madeira original para receber os motores e roldanas do sistema cenotécnico instalado. O palco foi totalmente refeito e madeira maciça freijó.
As fachadas formam restauradas, tiveram todo o reboco refeito e as esquadrias recuperadas, o telhado manteve-se na estrutura original.